quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Feliz dia do irmão!!!!



E um dia o mundo desaba, e enfim você enxerga que seus irmãos são os melhores amigos que você pode ter! Apesar, é claro, de serem eles os que mais brigam, te irritam e riem de seu cabelo!








Você os conhece desde sempre. Desde o dia em que roubaram seu berço, mais precisamente. E no começo, você nem gostava tanto deles. Não era para menos, aquelas coisinhas carecas e babonas, mexiam e estragavam todos os seus brinquedos. E ainda roubavam a cena. Ninguém mais apertava suas bochechas ou reparava no quanto você cresceu, só para ficar olhando para um bebezinho que só dormia e mamava. Absurdo! 

Mas as coisas foram mudando com o passar do tempo, e um dia você descobriu que eles poderiam ser bons amigos. Em especial na hora de dividir a bronca dos pais. 

E quando eles cresceram você constatou que eles eram os únicos a dizer sem medo o quanto suas roupas eram ridículas, e te poupavam de ser o mico da festa. Eram eles que gritavam solenemente “QUE ESPINHA ENORME É ESSA?”, e que depois corriam atrás de corretivo para te salvar. 

Eles te ensinaram técnicas infalíveis para colar nas provas de matemática, e fizeram barraquinha de cobertas nos domingos de chuva. Bagunçaram toda a cozinha fazendo pipoca com você e é claro que depois colocaram toda a culpa somente nos seus ombros. Nem precisa falar quem levou o castigo não é? 

Te deram a mão por estar com medo de ir para a escola, atrapalharam suas brincadeiras com seus amigos e entregaram suas peripécias todas aos pais, o que te rendeu centenas de punições. 

Mas por outro lado, quando você chorou a primeira vez que viu seu coração se partir, foram eles que te ofereceram ombro e sorvete. Quando tudo o que você queria era gritar com um mundo que só lhe fazia calar, te ouviram com paciência. 

Eles saíram de onde estavam para te achar quando você se viu perdido. E inventaram piadas e passeios para te alegrar e ver sorrir. Eles te trouxeram o sol em meio a uma grande tempestade. E quando não conseguiram vencer essa mesma tempestade com risos e bagunças, te deram a mão, apertaram os olhos e saíram em meio ao temporal com você. 

Um dia, tentando educar seus filhos, você vai contar as histórias que viveu com seus irmãos na infância. E provavelmente usará aquela frase que não ensina nada a ninguém, “no meu tempo não era assim”, quando na verdade, no seu tempo, era exatamente igual. As brigas, as brincadeiras, as parcerias...tudo ali, escrito na história dos seus filhos como ficou na sua. 

Nesse momento, seus olhos vão chorar enquanto as lembranças aflorarem quentes como recém saídas do forno. Você vai sentir falta de casa, o peito vai doer, vai sentir uma solidão enorme e desejar desesperadamente voltar ao passado. E é nessa hora que o telefone vai tocar na casa de seu irmão, e ao ele atender vai ouvir simplesmente você falar “cara, sinto sua falta”. 

Louizzeh Kélly Espindola 


16/12/2011