domingo, 7 de julho de 2013

O nosso amor a gente inventa ... Cazuza!

O teu amor é uma mentira, que a minha vaidade quer e o meu, poesia de cego você não pode ver. Não pode ver que no meu mundo um troço qualquer morreu, num corte lento e profundo entre você e eu...

O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa, que ele nunca existiu...


O nosso amor a gente inventa, inventa. O nosso amor a gente inventa...

Te ver não é mais tão bacana, quanto a semana passada, você nem arrumou a cama parece que fugiu de casa. Mas ficou tudo fora de lugar, café sem açúcar, dança sem par...Você podia ao menos me contar, uma história romântica


O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa, que ele nunca existiu...


O nosso amor a gente inventa, inventa. O nosso amor a gente inventa...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sobre caixas e recomeços






Ela estava sentada no tapete fofo da sala, com uma taça de vinho na mão direita e um porta -retratos na esquerda. Aquele era o último de tantos que ela havia desencaixotado naquele dia. Estava cansada, o corpo doía devido ao esforço da mudança recente. Trocar de apartamento era uma tarefa árdua, tinha de concordar. Quase tudo estava organizado e faltava alocar apenas aquele porta retratos, saído daquela que era a ultima caixa.

Estava sozinha, mas ele logo chegaria em casa, com sua calça jeans desbotada e a pizza quente que havia saído para comprar. Chegaria com passos firmes e aquele jeito de andar como quem sempre sabe aonde ir. Porque era assim que ele andava.  

No ultimo ano a vida dela havia se resumido em malas, pacotes, plástico bolha e papelão. Era neles que colocara seu coração partido e seguira rumo a uma nova tentativa. A ultima vez doera mais, ela lembrou. Ver que o amor acabou sempre dói, mas algumas dores são piores, mais dramáticas, mais cruéis... Ter de colocar a vida inteira dentro de embrulhos doía também. Mas fora forte o suficiente para recolher seus cacos e seguir adiante. E havia tanto de si naquelas caixas, que não conseguiu ignorar a nostalgia que a envolveu ao desfazer a ultima delas.

Mas, aquilo era passado, pensou tomando um gole grande de vinho,  o presente estava ali, esperando loucamente para ser vivido. Era inacreditável, estar tão feliz, descobrir que sempre se pode começar novamente e que vinha conseguindo. Não pôde evitar um pequeno sorriso surgir nos lábios. ''Estou conseguindo'', falou para si.

Logo ele chegaria, com perfume de banho tomado, a barba por fazer e o peito que a acalmara. O sorriso bonito, os comentários sobre como o mundo andava apressado, ou que ninguém respeitava mais uma quarta a noite de futebol na TV. Era sempre assim, há oito meses. Quartas a noite ele saía para buscar pizza, reclamava das filas, abria uma cerveja e assistia futebol, gritando feito menino no estádio. E ela gostava dessa pequena rotina na vida maluca deles.

Mas nessa noite, depois de dias dormindo numa total bagunça, o apartamento estaria arrumado e quando ele viesse, as caixas estariam todas vazias. Ela estaria vazia, pronta para se preencher de coisas boas e de coisas novas. Seu coração cheirava a tinta fresca e as paredes haviam sido redecoradas. Ainda com o porta retratos na mão, estava decidindo o que fazer com ele. Não havia foto de viagem, de família ou de um lar. Um porta-retratos sem retrato não significa nada para ninguém, pensou, é frio, solitário e atesta a dureza da vida. 

Nesse instante a porta da sala abriu, ele chegou com a embalagem vermelha da pizzaria italiana da esquina, reclamou do frio, das filas, a beijou e ligou a tv. Fla-Flu em campo, ele fez aquela cara de soldado indo para a guerra e sentou no sofá. Os cabelos negros ainda estavam úmidos, chovia muito em  agosto e ela estendeu uma toalha para que ele secasse. As mãos se tocaram, os olhares cruzaram. Ele sorriu, aquele sorriso que a tirava do chão e do prumo.

Apesar do juiz apontando saída de bola, na televisão ainda mal sintonizada, ele percebeu a ultima caixa e o porta retratos na mão dela." É só isso que falta?", perguntou. E com a beleza sutil da intimidade, sabia o que ela pensava. Andou até sua mochila, num canto da sala, abriu uma agenda e entregou uma foto deles dois para ela.

Era uma foto bonita de um dia de sol, no meio de um mercado de rua, ela com vestido leve, ele de all-star. O dia em que haviam se conhecido. Tinham sido apresentados por amigos, comeram cachorro quente e ouviram musica num boteco do calçadão, quando a noite caiu. Deram as mãos para ir embora e se beijaram no meio da estação, enquanto um cara com violão tocava Eric Clapton ao fundo. Ela sorriu com a lembrança e segurou uma lágrima no canto da alma.

Mesmo em tempos de álbuns virtuais ele tinha uma foto deles revelada, no meio da agenda, eternizando um momento tão bonito. Ainda existia fotografia para aquele ultimo porta-retratos. Ainda existia amor para ela. A foto foi para a estante de livros e eles para o sofá. O jogo rolando, o braço dele ao redor dela e a vida seguindo à luz do abajur. Deitou bem perto, no ombro dele, tranquila.. ele beijou ela no topo da cabeça, um beijo meio testa meio cabelo, ela sorriu e teria adormecido, não fosse o grito de gol e o salto ágil que ele deu para comemorar. Fluminense 1 a zero... (L.K)



"Tô" ouvindo



Inspirações de sexta...

Fico indignada com essas vitrines, em pleno inverno, oferecendo roupas super decotadas, fininhas e mega curtas. Poxa! Quem inventou que mulher  tem que passar frio para ficar bonita e sensual? Existe sim (pasme!) opções para ficar bem na estação mais fria do ano e se tem uma peça super charmosa é o par de meias 7/8. Elas são lindas, quentinhas e saem do lugar comum. Então, para chamar atenção da forma correta, aí vão algumas dicas de como ousar com elas!



Para ficar com uma "pegada"colegial...




Delicada e feminina...

Urbana e confortável...




Vintage...



Com shorts



Ou saia!



O bacana é que você pode ficar quentinha e bonita sem passar frio!  Mas, é claro que algumas "amadinhas" ainda não entenderam que mostrar várias partes do corpo ao mesmo tempo não é ser sensual...O que fazer né? Enfim, vamos torcer por elas!!!!


quinta-feira, 4 de julho de 2013

E lá está você, olhando seu reflexo no espelho...



...tentando entender como chegou até ali e em que ponto da vida perdeu a si. E você tenta segurar, mas as lágrimas vão caindo, uma por uma, manchando seu suéter listrado...


A vida não te perguntou e foi exigindo, foi depositando cargas pesadas em seus ombros e nunca, em nem um momento, perguntou se você concordava com o rumo que ela estava te impondo.

Você não escolheu. E por mais que os "otimistas" digam o contrário, você não tem controle. Suas flores vão murchar, seus amores vão sumir pelo mapa e talvez você chore sozinha num quarto de hotel, talvez você peça uma pizza para mais tarde, talvez você sobreviva...

Aquela que está ali, parada, te encarando no espelho não é a mesma menina que saiu com a mala na mão em busca de um sonho. Aquela não é a menina que acreditava em príncipes e fadas. Essa menina nem é mais menina e agora ela acredita apenas em seu delineador borrado com a tinta preta escorrendo pelo rosto. 

A menina ficou lá atrás, na primeira mala desfeita. A menina ficou lá atrás, no primeiro sonho desfeito. Sobrou a mulher. Restou uma dor, uma música triste e uma fatia de pizza gelada para depois.



"To" ouvindo...