sábado, 30 de novembro de 2013

Sempre fui meio travada...



Tá, esse título soa estranho, você pode tirar conclusões esquisitas a respeito. Mas é assim que me entendo (ou seria “me vejo”?). Sou meio empacada, encanada ou encucada mesmo (entenda como quiser, ok!?) com o que os outros pensam.

Isso me irrita e faz viver por prestações, o que não é lá muito bom...Daí vem aquela vontade maluca de sentir, um pouquinho que seja, de adrenalina. Pura, louca e viciante! Essa mesma que te faz virar a noite numa danceteria “mais ou menos” à espera de algo memorável que você vai contar no outro final de semana, numa mesa de bar, para suas amigas, para seus netos e para quem mais quiser ouvir.

Mas não vejo graça em balada. Ok, tenho que concordar que dançar é ótimo, faz bem pro corpo, pra alma, é um excelente exercício e tal...Mas é tão óbvio. Você coloca o mesmo vestido brilhante, colado e curto, que acaba com sua personalidade (é exatamente igual ao das suas amigas, parece que compraram todas juntas), faz a mesma maquiagem estilo femme-fatale, toma alguma coisa que te deixa meio zonza, grita uns pedaços da música enquanto se equilibra em 15 cm de salto e torce, desesperadamente, para que alguém apareça e te leve pra casa! Pode ser que você goste...que bom! Mas eu, euzinha, não tenho a menor paciência para isso.

Porém sou normal (nem tanto), jovem, cheia de expectativas com a vida e preciso de emoção, perna bamba, cabeça fora do lugar e umas escorregadas por aí, de vez em quando, como todo mundo. É nesse ponto que eu travo. Fico tentando fazer tudo direitinho e acabo não saindo do “quase”. Desse jeito eu quase me divirto, quase aproveito, quase vivo...

Ficar ali, na mesmice rotineira da vida é confortável e, se você pensa como eu, seguro. O problema é que é seguramente chato também. Muito chato, um porre de tão chato! E chatice também não é lá uma coisa muito legal...

Essa necessidade de ter sempre muito mais da vida, às vezes, me enlouquece. Dá vontade de jogar tudo para o alto e sair por aí, sem rumo...sem prumo! De provar coisas diferentes, de correr na chuva, de falar com estranhos, de ver o pôr do sol em terras novas, de estender a mão e pedir um táxi sem saber aonde chegar...de ser mais, de sentir mais...

Sentir a pele arrepiar sem motivo, sentir aquele calor emanar de um peito satisfeito, abraçar o mundo com as pernas (contrariando minha mãe) e sentir o coração pulsar acelerado, como se aquele fosse o último momento...

Não sei exatamente que sensação é essa, sei que invejo aquele cara que faz malabares no sinal. Ele parece ter tudo o que precisa...Seu nível de desapego das coisas fúteis da vida, me acalma. O sorriso dele me faz acreditar na poesia de ser o que se quer e não o que é imposto. 

Acho que é isso...sei lá...!

(L.K)

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