segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Das coisas que a gente aprende ...




E a cada dia que passa aprecio mais o silencio. Justo eu  que sempre fui intensamente barulhenta, por dentro e por fora, agora posso ficar calada, olhando o jardim congelado, por horas...

Tenho tido bons momentos comigo. Me ouço, reflito, derramo uma lágrima ou outra e dou o tempo necessário para o coração acalmar. Pensando bem, talvez essa seja uma das caracteristicas de que finalmente crescemos, a gente aprende a chorar.

Sem espasmos, soluços e ombros balançando. Sem gritaria. Sem volume.  Deixando o coração aguar toda a tristeza em silencio absoluto, com um turbilhão por dentro, mas por fora, pura calmaria. 
 
O silencio é um pouco solitário, admito.  E longe de casa pode ser assustador. Mas, quando o cansaço inunda a mente e incapacita de ouvir a multidão,  ele me cai bem, feito luva em mao sem par.
 
Ficar em silencio, ouvindo o ranger da escada de madeira, no meio de uma tarde cinza requer força de vontade. Há tantos sons lá fora, tanta música... Mas, quem não aprende a conviver com a ausencia de ruído nunca vai conseguir ouvir o que é realmente necessário. Aquela coisinha tão constantemente ignarada e tão incrivelmente necessaria chamada consciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E aí!? Gostou do que leu?????