Para homens confusos compreenderem a competitividade da selva feminia.
Vocês alegam que somos competitivas, que perdemos
a naturalidade se aparece outra mulher no recinto... Pois é, somos mesmo. Mas,
imaginem perder uma hora do dia num processo doloroso e cruel de depilação,
depois ter de fazer manicure, lavar cabelo, pintar, escovar, alisar, enrolar,
hidratar, tonificar, maquiar, passar anticelulite, anti-ruga anti estria, tomar
activia, malhar, correr, malhar mais, escolher roupa, sapato, acessório,
perfume e sorriso, tudo para chegar linda na sua presença. E, depois de passar
por tudo isso, entrar e sair de um carro sem ouvir um " como você está
bonita amor", ou pior ainda, ter de segurar as pontas ao ver seu "garboso" acompanhante tendo comichões
sem conseguir desviar o olhar daquela bunda mais dura do que a sua, daquele par
de peitos maiores do que o seu, daquele cabelo que brilha mais...Isso depois de
todo o empenho, depois de dedicar boa parte dos seus nervos e das suas horas
apenas para impressionar alguém, alguém que é importante para você... Que
constrangedor, que dolorido, que raiva... Ficamos decepcionadas, desiludidas e
acreditamos que de fato estamos aquém. Nos desesperamos pensando "há se eu
fosse assim ou assado...". Cruel!
Não bastasse,
depois dessa noite angustiante de auto-comparações e de lidar com todos os olhares
inevitáveis de seu acompanhante para todas as mulheres do recinto (tudo em cima
de 15 cm de salto agulha), ainda ter que chegar em casa e desfrutar de toda
a "virilidade" dele entrando e
saindo de você sem, sequer, lhe fazer cócegas. E depois, ficar agarrada ao
lençol, olhando pro teto, quando ele virar para o lado e dormir, pensando em
todos aqueles mocinhos românticos, sensuais e heróicos das novelas, amaldiçoando
baixinho Shakespear, Nicholas Sparks e a Gloria Perez. E, no dia seguinte,
novamente acordar cedo, mais que o amado (que esta roncando na sua cama), para
se maquiar, ajeitar o cabelo e as olheiras e fingir que se sente linda e
confiante diante de todos os corpos seminus (ou nus mesmo) que desfilam em
jornais, revistas, filmes, propaganda de cerveja, de carro, de ar condicionado,
de ração de cachorro...
Imagine passar diariamente
por isso, ser comparada por olhos e pênis inquisidores, que exigem beleza e
beleza o tempo todo, imagine não ouvir ao final do dia um eu te amo, ver os
carinhos e toques diminuindo com o passar dos anos. Dar tudo para alguém que
não valoriza o que tem e nem sabe o que quer... Dar o seu melhor para quem só sonha
dormir com a “melhor”... É cansativo, frustrante e nos enlouquece. A pressão é tão
grande que passamos a detestar tudo o que nos ameaça, o que ameaça nossa segurança,
nossa auto-estima, nosso amor-próprio, nosso trabalhado e amado relacionamento.
Passamos por
ciumentas, por neuróticas e por loucas, quando tudo seria incrivelmente mais fácil,
se nossa “metade da laranja" nos abraçasse sem motivo no meio da festa, se
cravasse os olhos nos nossos como se não houvesse um mundo, se saísse para rir
e conversar com os amigos e mandasse uma mensagem dizendo que está com saudade,
se demonstrasse apreciar, admirar e degustar suas mudanças de cabelos, de
lingerie e de peso...
Diante dessas reclamações
os homens, em defesa, alegam não ser detalhistas, afirmam que prestar atenção
em detalhes é coisa de mulherzinha, e que são práticos... Pois é, mas assim
como vocês, "sexo forte", se excitam com uma "carne"
diferente, talvez exista alguém se excitando com sua companheira, exista alguém
disposto a perder tempo com os "detalhes de mulherzinha" dela, alguém
que não queira um relacionamento prático como comida de microondas, mas sim um
jantar completo, com entrada, vinho e sobremesa... Então, ao invés de reclamar
quando sua mulher fica insegura em dete
rminado ambiente, experimente abraçá-la
e sussurrar ao pé de seu ouvido o quanto ela está linda. Baixo o suficiente
para tornar seu amor íntimo e alto o suficiente para assegurar que ela venceu
solidão.
28/12/2012 (02:20h)
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