Não sei exatamente como tudo começou, sei que de repente me vi fazendo as malas e entrando num ônibus. Chorei o trajeto inteiro... chorei em silêncio, um choro cansado, doído e magoado. Minha mãe estava me esperando na rodoviária, quando a vi, chorei novamente, por alguns minutos e abraçada com ela.
Não entendo a vida...num dia você está feliz, sentindo uma paz, um aconchego... Então, sem aviso algum tudo muda e você começa a fazer malas sem saber aonde vai. Tem vontade de sumir, de deixar toda a decepção para trás e de recomeçar. Mas não faz ideia de como fazê-lo...
As coisas não saíram do jeito que eu planejei, sei que é meio presunçoso da minha parte mas, no fundo, achei que comigo seria especial, diferente sei lá...Não foi. E não importa o quanto eu me esforce para ver tudo por um lado positivo, ainda não consigo, só penso no tempo que perdi...
Então, eu estava completamente arrasada, maquiando a tristeza dos olhos para tentar encarar o sol, quando surgiu a possibilidade de dar um tempo, de acalmar o medo e, quem sabe, me reinventar em outro canto...
Voltei às malas, tinha que organizar uma vida nelas, o que é complicado já que nada, no momento, me parece definitivo. Ainda tenho que lidar com esse frio enorme na barriga e com os pesadelos constantes. Não sei como fazer. Não sei, mas vou fazer...O que eu sei é do hoje, do que preciso...
Preciso descansar a alma, preciso de novidade de vida, de brisa no rosto e de algum sentido real nas coisas. Só quero que esta sensação de estar suspensa, vendo tudo de fora, passe...Quero me sentir em casa de novo e não ligo se for do outro lado do atlântico.
Enfim...as malas estão arrumadas do jeito que tinham de estar, já o coração, eu arrumo depois...!
L.K
L.K
Eu amei o que li, você sempre com essa sensibilidade tão linda!!
ResponderExcluirSaudades de conversar com você mesmo que fossem bobagens :)
Camila!!!!!Saudades tbm!!!!!!
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