quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eu fico madrugada adentro tentando compreender...




... em que ponto foi que deixamos de falar a mesma língua? A gente sempre teve um jeito tão exclusivo para a conversa. Quando, exatamente, nossos olhos, nossos braços, nossas bocas pararam de conversar?

Tínhamos nosso próprio vocabulário de saliva, suor e longas conversas. O que aconteceu? Que abismo é esse entre nós? Como ele surgiu?

Quero entender qual foi o grande erro e percebo que o orgulho foi com toda a certeza o maior vilão. Eu com todas as minhas convicções de quem acabou de iniciar seus passos pela vida e com tanto esforço para fazer as coisas darem certo, acabei nem percebendo, elas eram certas. Daquele jeito bagunçado, mas eram.

Você com suas cicatrizes e experiências do mundo, acreditando que eram todas tão honestamente corretas nem percebeu, só estava vendo uma face da moeda.

Parece que a vida foi cegando e calando a gente. Aos poucos as noites de conversa sobre o colchão se transformaram num espaço vazio e gelado entre dois corpos carentes um do outro.
(L.K)

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