Sabe o que é frustrante? Ver que eu caí novamente no círculo vicioso de olhar para meu umbigo, reclamar da vida e voltar a olhar para o meu umbigo!
Não leve a mal, é só um desabafo...não sou a pessoa mais egoísta do mundo, pelo contrário, me esforço ao máximo para agradar a todos. Sou solícita, prestativa, gosto de resolver as coisas antes de elas virarem grandes problemas e de ajudar quem quer que seja. Sou manteiga derretendo na torrada. Me dói a dor alheia.
A questão
é que quando eu preciso que alguém faça o mesmo por mim eu me
torno uma louca! Quero que as pessoas sejam como eu, façam como eu e
correspondam a toda a minha boa vontade. É que essa minha mania de
querer agradar, é fruto de pura insegurança e pessoas
seguras sabem dizer não como ninguém. Eu não sei!
Morro de
medo de dizer não. Morro de pavor de perder a empatia ou de não ser útil. Isso é uma grande e enorme
porcaria! Pelo amor! Pessoas que se valorizam, de verdade, dizem não
o tempo todo. Elas conhecem seus limites, seu gostos, suas fraquezas,
aceitam tudo isso e “bola pra frente”.
Por outro
lado, eu sou o tipo que não aceita não ser boa em algo, que morre
de vergonha do fracasso e que segue fazendo de tudo para
ninguém enxergar os defeitos que carrego, feito tatuagem, na testa. E quanto mais eu camuflo, mais óbvios
eles ficam. Que burrice! Que covardia! Quanta auto-depreciação! Daí
fico “chorando as pitangas” quando levo um belo e sonoro
(ainda que mudo) não! Um não lindo de morrer, que me causa a maior
inveja do mundo. Um não firme, seguro e sem neura, vindo da boca de alguém que se
respeita! Não sou correspondida e carrego minha mágoa, como
um troféu, como se tivesse sido injustiçada pela
vida!
Preciso
aprender que as pessoas não vão concordar comigo o tempo todo,
quase nunca vão se sacrificar por mim, vão colocar seus ideais acima dos meus, vão viver sem chorar pelos outros e não vão
ser más por isso! Preciso aprender a não escravizar minhas emoções
em prol do sentimento alheio. Preciso respeitar minhas limitações.
Preciso vestir elas e sair dançando pelas ruas, sem tentar esconder, sem tentar
maquiar e, principalmente, preciso parar, de uma vez por todas, de cobrar perfeição das pessoas que eu amo. Afinal eu tenho tantas buracos na estrada da alma que seria hipocrisia querer andar por avenidas perfeitas no coração alheio..."
(LK 18/09/2013)
(LK 18/09/2013)
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